No último final de semana, o que de melhor o esporte ofereceu aos seus acompanhantes foi nada menos do que um presente daqueles. A final da Eurocopa trouxe um campeão inédito no universo futebolístico: Portugal, do craque Cristiano Ronaldo, faturou pela primeira vez em sua história o torneio continental ao derrotar a anfitriã França por 1 a 0, na prorrogação. O mais impressionante é que seu principal jogador teve que sair de campo antes mesmo dos 20 minutos da etapa inicial, por conta de uma lesão.
O cenário em que Portugal se encontrava antes da partida de ontem começar era inverso ao de 2004, quando perdeu a final da Eurocopa para a Grécia, considerada "zebra", jogando em casa. Preterida pela crítica especializada para conquistar o cobiçado troféu, a equipe dita "mais fraca" foi à campo pegar a badalada França, de Griezmenn e cia, em sua capital, a deslumbrante Paris. Para os supersticiosos, o resultado foi um prato cheio. Para a maioria das pessoas, a oportunidade de ter a prazerosa sensação em ver a história sendo escrita sob os olhos.
Logo no início do jogo, Cristiano Ronaldo já aparecia deitado no gramado segurando o joelho com cara de muita dor. Isso porque houve um choque com o francês Payet, no qual o português levou a pior. O astro até tentou permanecer no sacrifício, mas umas passadas na sequência foram suficientes para que a triste certeza ficasse mais do que evidente: não dava mais. Não por acaso CR7 saiu na maca chorando horrores. Mesmo com a baixa significativa, Portugal não se entregou e jogou com seriedade e coragem até o fim.
Após o 0 a 0 no tempo normal, a inevitável prorrogação chamou os 22 atletas para gastar mais um pouco de suas energias. O primeiro tempo manteve o mesmo nível dos 90 minutos iniciais: ambas as equipes muito cautelosas na defesa e boas chances criadas lá na frente, algumas freadas devido às grandes atuações dos goleiros Rui Patrício e Lloris. Todavia, os últimos 15 minutos, aqueles que normalmente são o prenúncio das famigeradas penalidades, trariam à pequena nação ibérica a glória nunca antes testemunhada.
Logo aos três minutos, o atacante (reserva) Éder pegou a bola passou no meio de dois marcadores e arriscou um chute de longa distância. Ainda havia pernas na frente para bloquear a tentativa. Distância não faltou para fazer a bola seguir trajetória diferente do gol. Tamanho não faltou ao goleiro Lloris para fazer a defesa. Mas tudo conspirava à favor dos lusos. O chute foi certeiro, milimetricamente orquestrado para beijar o fundo das redes adversárias e dar a Portugal a sua maior conquista.
No sábado, o UFC 200, realizado em Las Vegas, EUA, foi a grande atração da noite. A luta principal, entre Daniel Cormier e Anderson Silva, que substituiu em cima da hora Jon Jones, afastado por doping, terminou com sorrisos de ambos. No entanto, o norte-americano mostrou mais os dentes, já que recebeu dos jurados por unanimidade a vitória em uma disputa que seguiu até o final do último round.
Felizmente, a noite não foi tão ruim para os brasileiros. José Aldo bateu Frankie Edgar e ficou com o título interino dos penas, dando o primeiro passo para recuperar o cinturão linear da categoria, perdido para o irlandês Conor McGregor em dezembro do ano passado. Além disso, Amanda Nunes faturou o cinturão do peso-galo feminino do UFC ao bater a norte-americana Miesha Tate.
Pelo Brasileirão, destaque para as vitórias de São Paulo e Flamengo, que bateram, respectivamente, os mineiros América e Atlético.O tricolor paulista fez 3 a 0 no adversário, amenizando um pouco o efeito da derrota por 2 a 0 para o Atlético Nacional no primeiro jogo da semifinal da Libertadores. Já o Flamengo fez 2 a 0 no Galo com gols do jovem Felipe Vizeu. O rubro-negro está no G-4, na 4ª posição.
O britânico Andy Murray venceu ontem pela segunda vez na carreira o Grand Slam de Wimbledon, ao bater o canadense Milos Raonic na decisão. O vice-líder do ranking mundial conseguiu frear o forte saque do adversário, o que lhe permitiu se sagrar campeão "em casa" com um convincente triunfo por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 7/6(3) e 7/6(2). Naturalmente, a emoção do tenista foi enorme, o que o levou facilmente às lágrimas.
O britânico Lewis Hamilton venceu ontem o Grande Prêmio da Inglaterra, ficando ainda mais perto do líder Nico Rosberg, que foi punido com um acréscimo de 10 segundos após ser ajudado pela Mercedes a resolver problema de câmbio. Mesmo tendo chegado em 2º, o alemão acabou caindo uma posição, trocando com Max Verstappen, da RBR. A diferença de Hamilton para Rosberg agora é de apenas um ponto: 167 a 168.
por Fabrício Mainenti