Você já ouviu falar em "crash test"? Para quem não conhece o termo, eles são testes para avaliação de desempenho de itens de segurança realizados em carros antes dos automóveis chegarem ao mercado. Segundo o coordenador técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária Alessandro Rubio, os crash tests servem para alertar qualquer pessoa sobre os riscos ao volante.
"Todo mundo que utiliza veículos, seja como condutor ou passageiro, deve entender que os crash tests são realizados para avaliar a proteção aos ocupantes do veículo, caso haja uma colisão. Isso traz a vantagem de saber, antecipadamente, quais os riscos aos ocupantes e o que pode ser feito para minimizar esses riscos em uma situação real de acidente", explica o especialista.
Alessandro também lembra que os crash tests procuram simular situações bastante próximas da realidade: "Geralmente os testes são feitos com veículos completo, exceto em testes de componentes. O crash-test é realizado dessa forma para, além de atender as normas específicas, ser o mais próximo de uma situação real", afirma.
De acordo com o profissional do CESVI Brasil, a equipe responsável pelos crash tests pode variar de caso para caso. "Depende da companhia, mas em geral a área que realiza esse tipo de teste possui equipe para selecionar o veículo adequado para aquele teste, com os itens que precisam ser validados", observa.
"Em seguida entra em ação a equipe de preparação do veículo, que substitui os fluidos, pinta partes que precisam ser destaque em uma gravação, prepararam freios entre outros itens, ou seja, adequam o veículos para facilitar a análise posterior, seja ela física ou por imagens. Após essa preparação, há a parte da instrumentação, que consiste na colocação dos sensores e bonecos (dummies), caso seja exigido para o teste", completa Alessandro.
Para finalizar, o coordenador técnico destaca os diferentes objetivos dos testes de segurança nos veículos. "É importante ressaltar que um crash-test pode ter várias finalidades, desde a avaliação e validação de componentes de combustível e ancoragem de banco, até a proteção aos ocupantes", diz Alessandro Rubio.
por Gabriel von Borell