Assim como em 2014, a final da Champions League será novamente entre os rivais da capital espanhola Real e Atlético. Marcada para amanhã em Milão, na Itália, a partida será o desfecho de duas belíssimas campanhas. Ao passo que o Real tenta a décima primeira taça do torneio da Uefa, o Atlético ainda corre atrás de sua primeira. Caso conquiste o título inédito, a equipe conseguiria também bonito contra-golpe, já que há dois caiu diante de CR7 e cia em uma sofrida decisão no tempo extra.
Confira a seguir alguns dos momentos mais marcantes das trajetórias de Real e Atlético até a finalíssima da Liga dos Campeões da Europa 2015/2016:
Logo no começo da disputa, ainda na fase de grupos, o Real Madrid protagonizou duas goleadas, uma na 1ª rodada e outra na 6ª (última), provando que já era forte favorito ao título. O cartão de visitas da equipe no campeonato foi um belo triunfo de 4 a 0 sobre o Shakhtar Donetsk, em casa, enquanto a outra partida foi marcada por um sonoro 8 a 0, também em seus domínios, sobre o Malmö.
Pelas quartas de final, o Real pegou o Wolfsburg e no jogo de ida, na Alemanha, sofreu forte baque: derrota por 2 a 0. Precisando vencer o segundo confronto por pelo menos três gols de diferença para avançar, os merengues nunca agradeceram tanto por contar com um craque como Cristiano Ronaldo em campo. Em noite inspirada, o atacante português fez o hat-trick necessário para levar o time adiante na UCL.
Vale destacar que, com os gols, Ronaldo chegou à marca de 16 tentos na competição, se isolando na artilharia da atual edição (16) e como o maior goleador da Champions League, com 93 bolas na rede. Ele também é o atleta que mais fez gols em uma só temporada da Champions, já que terminou 2013/2014 com 17 (fora o título). Se voltar a marcar amanhã, no mínimo vai se igualar ao recorde de dois anos atrás. Mais de um gol, amigo, é um abraço!
Zidane assumiu o comando do Real Madrid no início deste ano, sendo esta a sua primeira experiência como treinador de uma equipe profissional, e já se vê diante de uma decisão de Champions League. Não satisfeito em brilhar nos gramados com a camisa merengue, ele ainda faz bonito do lado de fora, com terno e gravata. Tem estrela ou não?
Este momento pode não ser dos mais empolgantes, mas certamente foi crucial para que o Atlético chegasse à final em Milão. Nas oitavas de final, a equipe empatou os dois jogos em 0 a 0 com o PSV Eindhoven, tendo que decidir a vaga para a fase seguinte nos pênaltis. Não bastasse o desgaste de chegar até as penalidades, a sessão de cobranças ainda fez questão de demorar. Por sorte (e mérito), a equipe espanhola levou a melhor em uma série de 8 x 7.
Após este sufoco, uma pedreira indigesta: encarar o atual campeão Barcelona do todo poderoso trio MSN (Messi, Neymar e Suárez). Na primeira partida, fora de casa, derrota, porém com um golzinho bem-vindo a favor. A volta, no Vicente Calderón, foi perfeita. O placar de 2 a 0, fruto dos gols marcados pelo atacante francês Griezmann, era o prenúncio de que a escalada rumo à decisão era mais que possível.
A vida do Atlético nessa Champions realmente não era para ser fácil. Depois do Barça, a equipe foi sorteada para encarar o Bayern de Munique, outro time tido como um dos melhores do mundo. Todavia, o elenco comandado por Diego Simeone já havia dado provas de ser guerreiro e o foi novamente. A primeira partida acabou em vitória de 1 a 0, enquanto a segunda, na Alemanha, em derrota (2 a 1). Porém, o critério de gols fora de casa favoreceu. O grande destaque destes jogos foi o gol do meia Saúl Ñíguez, na ida. Uma pintura. Simples assim.
por Fabrício Mainenti