Muitas pessoas hoje se preocuparem com o cuidado da pele mais por razões estéticas do que outra coisa, mas a questão da saúde é de longe a mais fundamental. Isso porque o câncer de pele é uma realidade, sendo o tipo e tumor mais incidente na população (cerca de 25% dos cânceres do corpo humano são de pele). Além disso, a doença atinge homens com mais frequência do que mulheres, estatisticamente falando, o que é motivo para que eles estejam precavidos o máximo possível.
Conforme explicou o médico dermatologista Amilton Macedo ao #P, "o câncer de pele pode ser dividido em melanoma e não melanoma, sendo o primeiro geralmente originado de pintas escuras da pele (nevus pigmentar). Sua origem principal é genética. Já o não melanoma se divide entre o baso e o espinocelulare, cuja principal origem é a radiação solar". Ou seja, o segundo é mais fácil de ser evitado já que existem métodos práticos de se proteger contra os efeitos do sol.
O baso (carcinoma basocelular) é o mais frequente e menos agressivo, enquanto o carcinoma espinocelular ou epidermoide é mais agressivo e de crescimento mais rápido, isso dentre os cânceres não melanoma. Por outro lado, o melanoma cutâneo deve ser mais temido, pois é o mais perigoso dos tumores de pele. Ele tem a capacidade de invadir qualquer órgão e se espalhar pelo corpo. Felizmente sua incidência é bem inferior em relação aos outros tipos de câncer de pele, mas vem aumentando no mundo inteiro.
"O câncer de pele que tem maior incidência de mortalidade é o melanoma, sendo que os fatores de risco estão relacionados tanto a fatores genéticos quanto ambientais. A exposição ao sol com formação de queimaduras e bolhas é o principal fator ambiental para o desenvolvimento do melanoma, principalmente nas áreas expostas com mais frequência", comentou o Dr. Amilton.
Apesar de haver maneiras distintas de se adquirir câncer de pele, cada um deve fazer a sua parte para evitar que tal mal seja contraído. Portanto, é essencial ter sempre por perto o bom e velho protetor solar, conforme recomenda o Dr. Amilton:
"A forma mais frequente de se proteger é nunca se expor ao sol sem protetor solar e não esquecer a sua reaplicação. O protetor deve ser usado diariamente. Mesmo tendo este cuidado, é importante a visita uma vez ao ano, pelo menos, ao seu dermatologista para o exame da pele. Já as pessoas que tem histórico familiar de melanoma, devem se submeter aos exames de dermatoscopia digital", concluiu.
por Fabrício Mainenti