Na cabeça de muita gente que está saindo da casa dos pais, alugar um apartamento é a coisa mais simples do mundo. Basta encontrar o cantinho que é a sua cara, ir até a imobiliária, preencher alguns formulários e o lugar é seu! Engano, a realidade é bem diferente e se o processo não for feito com atenção tudo pode ir por água abaixo. Portanto, a receita é: esteja pronto para a burocracia.
O primeiro passo, claro, é pesquisar casas e apartamentos em uma determinada região. Como fazer? Hoje existem várias ferramentas, desde sites e grupos na internet até as tradicionais imobiliárias, que facilitam a tarefa para você. "É através de pesquisas que sabemos o preço médio de um imóvel para medir com as expectativas na hora de alugar", explica a corretora de imóveis Sandra Pereira.
Depois de escolhido o apê é que a burocracia finalmente começa. Da mesma forma que você terá suas garantias, o proprietário também tem as dele. Uma delas diz respeito ao pagamento. Atualmente, segundo a profissional do ramo, o sistema mais utilizado ainda é o fiador, que nada mais é do que uma terceira pessoa que fica responsável por você caso falte com o aluguel.
Porém, existem alternativas como os títulos de capitalização – "que em geral são bem mais caros que o preço do aluguel", alerta Sandra – e o seguro fiança, serviço oferecido por empresas seguradoras. Outra saída é o caução, que trata-se de um pagamento adiantado combinado entre as partes que fica como garantia – na hora da saída o valor é devolvido ou abatido do aluguel. "Não são todas as imobiliárias que trabalham com esse tipo de acordo, mas essa é uma forma interessante pois o dinheiro continua sendo seu", opina a corretora.
Quando você se interessa por um imóvel, a imobiliária te entrega uma proposta com todas as informações de documentação necessária. Além do formulário, será apresentado o contrato de aluguel. "É preciso ler com muita atenção e nunca é demais mostrar para um advogado", recomenda Sandra. Geralmente esse acordo vale por 30 meses de moradia e é bom lembrar que o valor só pode ser reajustado anualmente, e com base no que foi informado.
Todos esses direitos e deveres de quem aluga e quem está alugando estão na Lei do Inquilinato. O nome pode até ser diferente, mas as regras são bem claras. Por exemplo, você precisa entregar o imóvel em boas condições, o que significa ter as paredes pintadas e tudo em perfeito estado. "A burocracia pode ser chata, mas todos esses cuidados é que vão te dar garantias para só alegrias na casa nova", explica Sandra.
por Bruno Janot